Nesses últimos dias, ando pensando muito sobre as mudanças que essa nova realidade nos trouxe e sobre o tão falado novo normal.
Confesso que a minha vontade é que tudo volte efetivamente ao normal, pois tenho muita saudade de estar próxima das pessoas, de poder conversar sem medo e de poder abraçar entes queridos.
Por outro lado, admito que essa situação me fez refletir a respeito de valores, prioridades e o que importa de fato na vida.
Passei 33 dias em casa e isso serviu para uma ressignificação sobre a relevância da família, do estar junto e de poder celebrar os momentos bons, bem como poder receber e dar apoio nos momentos difíceis. O distanciamento social afeta naturalmente essa dinâmica, porém também reforça convicções.
No campo profissional, entendi a falta que faz poder andar os quatro cantos da cidade, levando uma roupa, um cobertor, visitando turmas de cursos itinerantes ou simplesmente levando um pouco de afeto e uma palavra amiga a quem se dedica todos os dias a ajudar o próximo. Concluí principalmente que nada, absolutamente nada, funciona, se não for feito com amor.
A quarentena e todas as medidas de segurança são sim lições valiosas, que levaremos para o nosso futuro.
Mas o meu novo normal tem se resumido a esse misto de saudade, com aprendizado e com a consolidação do que tenho como pilares para a felicidade. Tenho muita sorte, pois tudo na verdade já está aqui.